O 16º Festival do Japão 2013 é o maior evento ligado a cultura japonesa realizado no Brasil. Além das apresentações tradicionais, o Festival do Japão possui também atrações de cultura pop, como a banda Gaijin Sentai, a cantora japonesa Tsubasa, e para os fãs de cosplay, tem o WCS World Cosplay Summit, cuja etapa final brasileira é realizada no palco principal do Festival do Japão. Há também o Akiba Space, um espaço para os fãs de mangá, animê, cosplay e games. Enfim, há muito para apreciar, aprender e comprar no 16º Festival do Japão 2013, que acontece nos dias 19, 20 e 21 de julho de 2012, no Centro de Exposições Imigrantes. Há ônibus gratuitos saindo da estação do metrô Jabaquara até o evento, para ir e voltar tranquilamente, sem se aborrecer com o caro estacionamento do Centro Imigrantes. Veja outras informações nos links abaixo:
16º Festival do Japão 2013 – programação do palco principal
16º Festival do Japão 2013 – programação do palco cultura e artes marciais
16º Festival do Japão 2013 – culinária japonesa na praça de alimentação
16º Festival do Japão 2013 – WCS cosplay e Akiba Space
3º Meeting Nacional de Moda Lolita em São Paulo/SP, Brasil
Foi realizado no dia 29 de julho de 2012 o 3º Meeting (Encontro) Nacional de Moda Lolita em São Paulo/SP. Organizado na forma de fashion tea party o Encontro ocorreu no Café Paon, conhecido restaurante e casa de shows de Moema.
“Nos anos anteriores os meetings foram feitos por outros coordenadores e de forma mais tímida. Quando assumimos a organização do Encontro este ano quisemos fazer algo mais próximo dos eventos do gênero feitos no Japão, que são feitos em salões de chá de hotéis 5 estrelas, e foi ótimo termos encontrado apoio no Café Paon ao nosso projeto”, contaram as organizadoras do Encontro, Aline Yui de B. Gomes e Andréa P. Portoghese.
Tratou-se de um evento reservado, limitado a 80 participantes, mas cujos ingressos foram esgotados rapidamente. Sobre o caráter exclusivo do Encontro, Andréa disse: “nos surpreendemos com a procura, visto que o estilo (Lolita) tem poucas adeptas no Brasil. Para o ano que vem vamos tentar ampliar a capacidade de participantes”.
Talvez o interesse pelo evento tenha ultrapassado as expectativas da organização devido ao fato de que apesar do título do evento ser “Moda Lolita” esta foi a primeira vez que o Encontro foi aberto a outros estilos. “O street fashion japonês é muito variado e está só começando no Brasil. É pouquíssima gente, mas queremos divulgar mais esse universo e foi por isso que neste ano decidimos também receber pessoas que seguem outros estilos que tem características comuns com as Lolitas, como Gothics, Aristocrats, Visual Keis, etc.”, explicou Yui.
Jovens com idades que variaram de 12 a 28 anos vieram de Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e de várias cidades do interior paulista além da capital, São Paulo. Foi uma tarde servida por variado buffet de chás, sucos, tortas salgadas, bolos e doces e atividades como sorteios de acessórios Lolita, revistas de street fashion, livros e distribuição de brindes. “Como não temos como fazer um desfile de moda apropriado do jeito que é no Japão, fizemos uma brincadeira, que foi a eleição por aclamação da miss de cada estilo Lolita escolhida entre e pelas meninas que vieram ao Encontro. Isso também propiciou uma maior interação entre as pessoas porque uma boa parte delas não conhece mais ninguém que curta street fashion japonês e o Meeting é a primeira oportunidade de contato de verdade com o assunto”, contou Andréa.
Veja as fotos – (fotógrafo: Renato Uchoa)
Meeting/sarau sobre os 40 anos de Lady Oscar
A Abrademi realizou um evento comemorando os 40 anos de criação do mangá que revolucionou o comportamento, a estética e a moda no Japão: Rosa de Versalhes, conhecido no Ocidente como Lady Oscar.
Evento com palestra da Cristiane Sato. Veja como foi
10º Festival de Yosakoi Soran – nossas fotos
10º Festival Yosakoi Soran está com inscrições abertas
O mais tradicional evento de Yosakoi Soran no país está com inscrições abertas de 15 de maio a 15 de junho
Dançarinos de Yosakoi Soran – a contagiante dança japonesa – tem até o dia 15 de junho para inscreverem seus grupos e disputar a categoria Grand Prix de 2012 (melhor apresentação), além dos três primeiros colocados em cada categoria (adulto e juvenil). Ao todo, serão distribuídos R$ 20 mil em prêmios. Este ano, o Festival Yosakoi Soran chega a sua décima edição e acontecerá no dia 29 de julho, na cidade de São Paulo, no Espaço Via Funchal, com duas apresentações: às 12h e às 17h.
As inscrições estão limitadas a 20 grupos, com o mínimo de oito dançarinos cada, nas categorias: juvenil (idade média de 15 anos) e adulto (acima de 15 anos). O regulamento estipula o uso obrigatório do Naruko (chocalho japonês) e da expressão Soran Bushi durante a coreografia. A apresentação deverá durar no máximo cinco minutos e poderá ser criada com base em qualquer ritmo e gênero musical. Os grupos serão avaliados pelos critérios de técnica, harmonia, criatividade e conjunto. As inscrições podem ser feitas até 15 de junho, exclusivamente pelo site:www.yosakoisoran.org.br.
Yosakoi Soran
O Yosakoi Soran nasceu da mistura de dois estilos musicais regionais do Japão (Yosakoi Bushi e Soran Bushi). O Yosakoi – “a noite vem” – é um tipo de música originária da província de Kouchi, dançada pelos jovens nas ruas, de maneira viva e vibrante. Soran é uma canção folclórica rítmica, comum entre os pescadores de Hokkaido, que usam a expressão como um grito de guerra. Saiba tudo sobre o Yosakoi Soran no link:culturajaponesa.com.br
No Brasil, o Festival acontece sempre no inverno e já é considerado o grande carnaval japonês, contagiando um público de cerca de 3 mil pessoas por edição. As duas primeiras apresentações do Festival de Yosakoi Soran aconteceram ao ar livre, no bairro da Liberdade, em 2003, e no Parque do Ibirapuera, em 2004. Desde 2005, os grupos se apresentam na Via Funchal, localizada na Vila Olímpia, em São Paulo.
10º Festival Yosakoi Soran
Inscrições gratuitas
Prazo: até 15/06/2012
Ficha de inscrição e regulamento no site: www.yosakoisoran.org.br
Apresentação: 29/07/2012, no Espaço Via Funchal, às 12h e às 17h.
Informações: (11) 3541-1809 e yosakoisoran@gmail.com
Um exemplo que vem de Birigui
autor: Francisco Noriyuki Sato
Ano de 2011, em São Paulo. Um grupo de 37 dançarinos, formado por crianças e adolescentes, brilha no amplo palco do Via Funchal, na Vila Olímpia. O grupo é o Tomodachi, da cidade de Birigui, da região Noroeste do Estado de São Paulo. O evento é o 9º Festival Yosakoi Soran, uma competição de dança, realizado no dia 31 de julho, com a participação de 16 equipes de todo o Brasil.
Os jovens birigüienses, que participaram pela quarta vez desse evento, saíram do palco ovacionados pelo público e aplaudidos pelos jurados. Como resultado, receberam o título de primeiro lugar em sua categoria, a juvenil.
Na entrega dos prêmios, era visível a alegria contagiante do grupo, que não era apenas por vencer a competição, já que haviam conquistado a mesma classificação no ano anterior. A alegria e as lágrimas emocionadas se fizeram jus, porque não foi fácil, porque houve muito preparo para que aquela coreografia desse certo. Enquanto outros grupos apresentaram uma coreografia próxima do tradicional, o Tomodachi de Birigui levou ao palco uma apresentação mais dinâmica e complexa. Afinal, quem criou aquela coreografia original?
Voltando no tempo, o ano é 1961 e o lugar é Tóquio, a capital japonesa. O jovem escultor Hisao Ohara, de 29 anos, e sua esposa, a bailarina e coreógrafa Akiko Ohara (foto abaixo), de 26 anos, preparam suas malas para uma viagem inesquecível ao Brasil. Mas não iriam fazer turismo. Haviam decidido morar na Fazenda Yuba, em Mirandópolis, onde o patriarca Isamu Yuba, visualizava uma nova fase cultural em sua comunidade, com a construção do teatro e o ensino da arte da escultura.
O casal chegou no dia 14 de dezembro daquele ano, e a comunidade começava a construir o seu teatro, onde a experiência de Hisao, formado em Belas Artes e com vivência em atuação, cenografia e iluminação, seria muito útil. Enquanto isso, as crianças ensaiavam as peças que seriam apresentadas na festa de Natal, e Akiko, com experiência em coreografia para televisão, começou a orientá-las. Logo, Akiko passou a ensinar balé moderno a esse grupo, formando o famoso balé de Yuba, que divulgaria o nome da fazenda comunitária para todo o mundo.
Do balé moderno ao yosakoi soran de Birigui
Mais de 40 anos depois, em 2003, o grupo de balé de Yuba participou do 1º Festival Yosakoi Soran, que foi realizado no bairro da Liberdade. O grupo já tinha o “Soran Bushi” (uma das danças que deu origem ao Yosakoi Soran) em seu repertório, e foi fácil fazer a adaptação para o evento, que naquele ano, não teve caráter competitivo. Já no ano seguinte, Yuba venceu o Festival.
Há alguns anos, o Yuba não participa desse evento, devido aos afazeres de seus jovens integrantes, mas a coréografa Akiko Ohara continua em ação. Ela é a autora da bela coreografia do grupo Tomodachi de Birigui.
Em 2008, preparando as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, Noemia Sakai teve a ideia de montar um grupo de yosakoi soran em Birigui. Sabendo da sua tradição na arte da dança, solicitou ajuda à comunidade Yuba, que prontamente enviou a professora Saki para formar um grupo na cidade. No mesmo ano, Birigui conquistou o segundo lugar no Festival de Yosakoi Soran.
Infelizmente, a professora Saki foi para o Japão, e o grupo ficou sem orientadora. Mesmo assim, com muita coragem e determinação, e sem nenhuma ajuda dos pais, os 16 jovens do Tomodachi prepararam o show, treinaram por conta própria, arrumaram um microônibus, pago pela Associação Cultural e Esportiva de Birigui e pelo Fujinkai (departamento de senhoras), e foram para o Festival. “Nem mesmo um lanche nós pais levamos para eles”, conta Monica Terumi Endoh Baba, mãe de duas dançarinas, que completa: “Quando um coordenador do evento disse-lhes que, se o grupo tivesse mais integrantes, poderia ter conseguido o terceiro lugar, eles choraram muito”.
Foi então que Monica e outros pais, tios e avós perceberam que esses jovens mereciam todo o apoio da comunidade. Noemia Sakai teve de se afastar da coordenação por motivo de saúde, e Monica assumiu esse posto, sendo apresentada à coreógrafa Akiko Ohara da comunidade Yuba. E dessa vez, a própria professora Akiko resolveu aceitar o trabalho de orientar os jovens de Birigui.
Desde então, ela e suas assistentes, Julia, Emi e Marian, viajaram todos os sábados durante quatro meses, da comunidade Yuba até Birigui, num percurso de quase 150 km, para coreografar e preparar o grupo. O resultado foi o primeiro lugar conquistado em 2010.
A coreografia do Tomodachi
Os pais, por outro lado, trabalharam intensamente, vendendo rifas, fazendo pizzas e pastéis e até organizando bailinhos no Carnaval para arrecadar fundos para o grupo, que não tem patrocínio de grandes empresas.
Depois da vitória em 2010, Monica deixou a coordenação do Tomodachi, ficando Ikuo Suzuki, líder do beisebol na cidade, em seu lugar. Monica continuou ajudando nos treinos e incentivando a equipe.
Este ano, o Tomodachi ganhou uma música original, composta especialmente para o grupo no Japão por Mitsushi Jindai e com arranjo de Masakatsu Yazaki. A partir dessa música, a professora Akiko criou a coreografia com o tema “Aki no Kaze” (Vento de Outono). A professora e sua equipe repetiram as viagens e a dedicação do ano anterior, e o resultado foi mais uma vitória em 2011.
Questionada sobre a nova coreografia, que lembrava a do teatro de Takarazuka, a professora explicou que todas as danças de palco, incluindo a de Takarazuka, são feitas para serem apreciadas pelo público que está no outro lado, e nesse sentido, são semelhantes entre si (o que é diferente do “bon odori” que é dançado em círculo e o público assiste ao redor). “Mas, no fundo, talvez haja alguma influência do teatro de Takarazuka”, comentou Akiko, hoje com 76 anos. O motivo é que o casal Haruo e Akiko Ohara sempre apreciou o Takarazuka e, enquanto morava no Japão, assistiu a todos os shows desse grupo teatral quando se apresentava em Tóquio. Quando Takarazuka visitou o Brasil na década de 70, o casal Ohara viajou a São Paulo para vê-lo no Teatro Municipal. O Takarazuka tem origem na cidade do mesmo nome, e se caracteriza por um elenco exclusivamente feminino. Na origem, em 1914, ele foi influenciado pelos musicais de Londres, Paris e Nova Iorque.
A prova de que, com esforço, tudo se consegue
A coreografia foi bem elaborada, mas como treinar um grupo heterogêneo de 36 integrantes que tem desde uma menina de 7 anos a jovens de 21 anos? Sendo que uma delas é 100% deficiente auditiva?
A resposta está na motivação do grupo. A professora Akiko conta que vale a pena o sacrifício ao ver crianças e jovens tão dedicados e motivados, como o Luiz Henrique Suzuki, de 17 anos, que apesar de ter que estudar para os exames vestibulares, liderou os colegas, treinando-os durante os dias da semana.
Garotos empenhados como o garoto Vitor Ken Nagano, de 9 anos, que quebrou o braço a 8 dias do Festival, mas se apresentou mesmo assim, com o braço engessado. E dançou tão bem que ninguém reparou nesse detalhe. “São histórias assim que mantém o grupo unido e forte”, comenta Monica Baba.
E são histórias desse tipo que fornecem energia para a professora Akiko Ohara. Ela, por sua vez, sofre de dores nas pernas e nos pés, e adiou uma cirurgia para depois do Festival de 2010, para poder treinar os esforçados jovens. Este ano, novamente, esperou terminar o Festival para se submeter à nova cirurgia. “Ela nunca reclamou nada e só ficamos sabendo muito tempo depois”, lembra Monica.
A professora Akiko Ohara e o grupo Tomodachi de Birigui mostram, com seus exemplos, que o antigo e verdadeiro espírito japonês “yamato damashii” ainda existe dentro da comunidade nipo-brasileira. Cabe a nós preservá-lo.
Francisco Noriyuki Sato é jornalista e editor, autor dos livros “História do Japão em Mangá”, e “Banzai!”, entre outros. É editor do site www.culturajaponesa.com.br.
9º Festival Yosakoi Soran consagra novamente o grupo Sansey de Londrina
Considerado um grande carnaval japonês, o 9º Festival Yosakoi Soran aconteceu no dia 31 de julho de 2011, com a participação de 16 grupos de dança, de várias partes do país:
Categoria Juvenil
01 – Kitsume Yosakoi Soran – Grupo formado em 2009, com o apoio da Associação Cultural e Esportiva de Santana, em São Paulo. Coreografia de Letícia Moraes de Patrícia Suzuki.
02 – Heisei Naruko Kids – grupo do Instituto Cultural e Educacional HeiSei, de São Paulo. Coreografia de Janete Aya Ohara e Sandra Harumi Yagura. É um grupo formado basicamente por crianças.
03 – Escola Japonesa de Biritiba Mirim – O yosakoi soran é praticado nessa escola japonesa, da região de Mogi das Cruzes, desde 2002. Coreografia de Laura Yamamoto e Lilian Hatsumi.
04 – Tomodachi de Birigui – grupo da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Birigui, cidade da região Noroeste do Estado de São Paulo. Coreografia de Akiko Ohara (e sua equipe), que levou a experiência do tradicional balé de Yuba para Birigui, viajando 150 km todos os sábados, durante 4 meses, para coreografar e treinar o grupo.
Categoria Adulto
01 – Yui Soran – do Centro Educacional Kyoko Oti, da cidade de Belém, Pará. O grupo existe desde 2007. Coreografia de Igor de Almeida Monte e Carolina Benone.
02 – Tsubasa Soran – Formado em 2004 na Associação Cultural Japonesa de Ribeirão Preto, contou com a coreografia de Etsuko Takemoto.
03 – Grupo Seishun – Formado em 2008 na Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Coreografia de Gustavo Sakai e Cássio Arashiro de Lima.
04 – Kishouraku – grupo da Sociedade Cultural Nipo-Brasileira de Brasília, formado por 22 integrantes de 13 a 15 anos. Coreografia de Thiago Onuki e Flávia Feijó.
05 – Shiawasse Soran – O yosakoi soran passou a ser praticado no Studio de Dança Corpus Line, de Mogi das Cruzes, em 2008. Basicamente formado pelo grupo da melhor idade que também pratica o radio taissô. Coreografia de Andréa Marinho e Fumio Tani.
06 – Ishin Yosakoi Soran – O grupo existe desde 2002 dentro da Associação Cultural e Assistencial Hokkaido, em São Paulo. Coreografia de Gustavo Ferreira e Eduardo Higa.
07 – Zenshin Nipo Campinas – O grupo nasceu em 2004, no Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinas. Atualmente, o grupo é composto por 35 integrantes entre 10 e 17 anos. Coreografia de Júlia Honda.
08 – Wakaba Yosakoi Soran – Raphael Camargo e Gisele Onuki fizeram a coreografia desse grupo, que mostra influência do teatro Kabuki. O grupo surgiu em 2005 na Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira de Curitiba – Nikkei.
09 – Hanabi Soran – grupo de Mogi das Cruzes formado dentro do Studio de Dança Corpus Line em 2009, assim como o grupo Shiawasse Soran, mas é formado por jovens. Coreografia de Andréa Marinho e Fumio Tani.
10 – Mugen Kyodai – Mugen é formado por aproximadamente 50 integrantes de 10 a 60 anos, da Sociedade Paranavaiense de Desportos e Cultura, da cidade de Paranavaí, Paraná. O grupo, que existe desde 2007, contou com a coreografia de Eric Yuzawa. Foi o único grupo que utilizou o shamissen na apresentação.
11 – Saikyou Yosakoi Soran – O grupo foi formado em 2007, na Acema, Associação Cultural e Esportiva de Maringá, possui 80 integrantes dentre 5 e 24 anos. Em 2010, o grupo conquistou o 1º lugar na categoria adulto.
12 – Grupo Sansey – O grupo foi formado em 1988 para a preservação da cultura japonesa através da música. O yosakoi soran foi introduzido em 2003, e em 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010 o grupo conquistou o grand prix, o prêmio máximo do Festival de Yosakoi Soran. Em 2008, o grupo se apresentou no Festival Yosakoi Soran, de Hokkaido, no Japão. Coreografia de Kawaii, Tatão e Juzinha.
Participação especial: Grupo Atibaia Kawasuji Seiryu Daiko nas aberturas das duas apresentações.
Categoria Juvenil:
2º lugar: Escola Japonesa de Biritiba Mirim
1º lugar: Tomodachi de Birigui
3º lugar: Wakaba Yosakoi Soran – Curitiba/PR
1º lugar: Saikyo Yosakoi Soran – Maringá/PRCuriosamente, os 3 primeiros da categoria juvenil são do Estado de São Paulo, e os 3 primeiros da categoria adulto são do Estado do Paraná.
O vencedor do Grand Prix e destaque do Festival foi o grupo Sansey de Londrina, que recebeu um cheque no valor de R$8 mil, além do troféu criado pelo artista Yutaka Toyota. O grupo Sansey se tornou hexacampeão do Festival, e de todas as 9 realizadas até agora, só deixou de conquistar em 2008, quando o vencedor foi Heisei Naruko Kai.
O Festival Yosakoi Soran foi realizado pela Associação Yosakoi Soran Brasil, com patrocínio do SOHO Hair International e da Yakult, e apoio da rádio Banzai, Aizomê, Agronippon, Hyde Alimentos, Japan Foundation, Consulado Geral do Japão, Bistrô Kazu, Fundação Kunito Miyasaka, espaço Kohii e Dô Cultural.
Cultura pop japonesa no Cruzeiro CVC Zenith
A convite da operadora de viagens CVC Liberdade, Cristiane A. Sato ministrou palestras para os passageiros do cruzeiro que teve como tema a cultura japonesa, navegando pelo Atlântico a partir de Santos até Punta Del Este e Buenos Aires, no total de 9 dias. De 24 de janeiro a 1º de fevereiro de 2010.
Foram duas palestras: uma sobre a cultura pop japonesa e a outra sobre princípios da etiqueta japonesa.
Além da palestra da Cristiane, houve uma palestra de Francisco Sato sobre a imigração japonesa no Brasil, e também apresentações de grupo de Taikô, cursos de origami, cursos de desenho de mangá, entre outras atividades. Houve até um undoukai a bordo do CVC Zenith.
A parte cultural foi coordenada pelo Daniel Takaki, diretor da CVC Liberdade. A oficina de sushi e o festival de culinária japonesa foram coordenados pela equipe do próprio navio.
O CVC Zenith, Buenos Aires e Punta Del Este:
Mostra internacional Imagem dos Povos 2008
De 27 a 31 de agosto em Belo Horizonte ocorreu a Mostra Internacional Audiovisual Imagem dos Povos, no Palácio das Artes do Cine Humberto Mauro, que nesta edição destacou o cinema japonês. Realizado há quatro anos, o festival Imagens dos Povos contou com a presença de convidados especiais do Japão, como a cineasta Naomi Kawase, o diretor Masahiro Kobayashi e o jornalista americano Mark Schilling.
Cristiane A. Sato, autora do livro “Japop: o Poder da Cultura Pop Japonesa” e colaboradora do site Cultura Japonesa, participou do evento como uma das curadoras do Festival. Cristiane Sato e Mark Schilling fizeram uma palestra com o tema: “JAPOP: Do mangá ao animê”, sobre a Influência do Animê e da Cultura Pop Japonesa no mundo globalizado, no dia 29 de agosto.
Naomi Kawase é uma diretora que vem se destacando no cinema contemporâneo japonês desde seu primeiro longa, “Moe no Suzaku” de 1997, com o qual ela conquistou a prêmio do júri no Festival de Cannes. Masahiro Kobayashi é um diretor em ascenção que vem recebendo ótimas críticas nos festivais na Europa e cujo mais recente filme, “Rebirth”, ganhou no ano passado o Pardo de Ouro do Festival de Locarno. Mark Schilling, crítico de cinema do jornal Japan Times e autor de “The Encyclopedia of Japanese Pop Culture”, é internacionalmente reconhecido como autoridade em cinema japonês.
Filmes japoneses apresentados na Mostra:
JAPÃO CONTEMPORÂNEO
Seus Amigos (Kimi no Tomodachi / Your Friends)
Japão, 2008, 125 min., direção de Ryuichi Hiroki
Baseado em best-seller japonês; duas garotas que tornaram-se deficientes na juventude que se tornam amigas e são separadas por uma tragédia.
O Renascimento (Ai no Yokan / The Rebirth)
Japão, 2007, 102 min., direção de Masahiro Kobayashi
Numa cidade de interior, o acaso faz com que a mãe de um jovem assassino e o pai da vítima de seu filho se conheçam. Um relacionamento amoroso se desenvolve com sentimentos conflitantes devido ao passado de seus filhos. Premiado em 2007 no Festival de Locarno.
Passeio por Tóquio (Tenten / Adrift in Tokyo)
Japão, 2007, 101 min., direção de Satoshi Miki
Um fiscal de impostos mal-humorado força um jovem estudante universitário a acompanhá-lo numa jornada pelas ruas de Tóquio. Premiado em 2007 pelo Kinema Junpo Award, Japão.
Torre de Tóquio: Minha Mãe, Eu e de Vez em Quando Meu Pai (Tokyo Tawaa: Okan to Boku to Tokidoki Oto / Tokyo Tower: Mom, Me and Sometimes Dad)
Japão, 2007, 142 min., direção Joji Matsuoka
Filme autobiográfico; autor mostra a relação disfuncional de sua família e sua tentativa de reconciliação ao descobrir que sua mãe está gravemente doente, recordando-se de seus passeios por Tóquio. Premiado em 2007 com o Asian Film Award, o Japanese Academy Award e o Nikkan Sports Film Award.
Kabei: Nossa Mãe (Kaabee / Kabei: Our Mother)
Japão, 2008, 133 min., direção de Yoji Yamada
Durante a 2ª Guerra, um professor de literatura alemã é separado de sua família, acusado e preso por crime ideológico. Baseado nas memórias de Teruyo Nogami, supervisor de roteiro do diretor Akira Kurosawa por quase 40 anos. Premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim.
Floresta dos Lamentos (Mogari no Mori / Mourning Forest)
Japão, 2007, 97 min., direção de Naomi Kawase
Jovem cuidadora de idosos perde-se com um de seus pacientes numa floresta, numa jornada extenuante mas reveladora. Premiado no Festival de Cannes e no Mainichi Film Concours.
Vibrador (Vibrator)
Japão, 2003, 85 min., direção de Ryuichi Hiroki
Jovem escritora sai uma noite para comprar cerveja e conhece um motorista de táxi. Mas o que era para ser um caso de uma noite só evolui para um relacionamento complexo e revelador. Premiado no Brisbane Intl. Film Festival, no Festival de Nantes e no Japanese Professional Movie Awards.
Sukiyaki Western Django (Sukiyaki Western Django)
Japão, 2007, 121 min., direção Takashi Miike
Na Era Genpei, século XII, os clãs Minamoto e Taira se encontram no povoado de Yuda, e um estranho forasteiro intervém na guerra para salvar seus companheiros. Premiado no Festival de Veneza e no Festival Fant Asia.
ANIMÊ
Vozes De Uma Estrela Distante (Hoshi no Koe / Voices of a Distant Star)
Japão, 2002, 30 min., direção de Makoto Shinkai
Alienígenas entram em guerra com a Terra. A colegial Mikako torna-se piloto e entra para a frota que parte para os confins da galáxia, onde distância e tempo tornam-se uma barreira intransponível e cujo único contato possível com seu namorado são poucas mensagens trocadas por um celular. Premiado em 2002 na Tokyo Intl. Anime Fair.
Entre As Nuvens, O Lugar Prometido (Kumo no Mukou, Yaksusoku no Bashõ / The Place Promised In Our Early Days)
Japão, 2004, 91 min., direção de Makoto Shinkai
O Japão está dividido por uma guerra e três jovens constroem um avião para cruzar a fronteira para ajudar uma amiga doente. Primeiro longa-metragem do diretor Makoto Shinkai, jovem diretor em ascenção revelado no Festival Internacional de Animaçãod e Tóquio. Filme premiado no Mainichi Film Concours
5 Centímetros Por Segundo (Byosoku Go Sentimetaa – 5 Centimeters Per Second)
Japão, 2007, 65 min., direção de Makoto Shinkai
Animê autoral, no qual o diretor cria sua própria visão de um paraíso animado com coisas triviais, como a neve, pássaros, trens.
Paprika (Paprika)
Japão, 2007, 90 min., direção de Satoshi Kon
Ficção científica com drama psicológico. Paprika é o alter-ego da cientista Atsuko Chiba, membro da equipe que criou um aparelho que permite adentrar o inconsciente da mente humana. O misterioso roubo e uso do aparelho como arma terrorista para controlar e manipular o subconsciente coletivo leva Paprika unir-se a um de seus pacientes, um experiente investigador, para desvendar o mistério e recuperar o aparelho.
Dias De Verão Com Coo (Kappa no Koo to Natsuyasumi / Summer Days With Coo)
Japão, 2007, 138 min., direção de Keiichi Hara
Koichi é um pre-adolescente que mora em Tóquio, mas nas férias de verão ele encontra um kappa, simpático monstrinho misto de ave com sapo do folclore japonês. A amizade com o kappa faz o menino descobrir os prazeres do contato com a natureza, sem a dependência dos videogames e da internet típica das crianças de hoje. Premiado nos Festivais de Animação de Londres, Dubai e Tóquio.
INFANTO-JUVENIL
Meu Vizinho Totoro (Tonari no Totoro / My Neighbor Totoro)
Japão, 1986, 86 min., direção de Hayao Miyazaki
Duas irmãzinhas e seu pai mudam-se para uma casa no campo, para ficarem mais próximos do hospital onde sua mãe encontra-se internada. Elas descobrem que o bosque atrás da casa é habitado por seres mágicos, os Totoros. Premiado com o Japanese Academy Awards.
A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi / Spirited Away)
Japão, 2001, 102 min., direção de Hayao Miyazaki
Durante uma viagem, a menina Chihiro e seus pais param para descansar num parque temático abandonado, sem saber que o local à noite transforma-se num balneário para seres místicos do folclore japonês. Os pais de Chihiro são transformados em porcos pela proprietária do lugar, a bruxa Yubaba. Para salvá-los Chihiro aceita a ajuda do menino-dragão Haku e oferece-se para cumprir as exigências da bruxa. Premiado com o Japanese Academy Awards em 2001, com o Urso de Ouro de Melhor Filme do Festival de Berlim de 2002 e com o Oscar de Melhor Animação em 2002.
TRÊS MESTRES
Sonhos (Yume / Dreams)
Japão, 1990, 119 min., direção de Akira Kurosawa
Longa-metragem composto por 8 episódios, que mostra o visão do diretor sobre assuntos relacionados à condição humana – da relação do homem com a natureza, e das relações entre as pessoas, como o egoísmo, a dor, a culpa, a esperança e a transcendência. Premiado com o Japanese Academy Awards, no Mainichi Film Concours e com o Globo de Ouro de Melhor Filme.
Era Uma Vez Em Tóquio (Tokyo Monogatari / Tokyo Story)
Japão, 1953, 135 min., direção de Yasujiro Ozu
Casal idoso viaja a Tóquio para conviver com seus filhos, que têm pouco tempo para eles e os tratam com indiferença e egoísmo. Quando o casal arruma as malas e partem para um resort, o filme se aprofunda em comoventes considerações sobre a morte. Premiado pelo British Film Institute Awards.
Contos da Lua Vaga (Ugetsu / Tales Of The Pale And The Silver Moon)
Japão, 1953, 94 min., direção de Kenji Mizoguchi
No Japão do século XVI, dois camponeses querem fazer fortuna enquanto a vila onde vivem está sendo saqueada. Um decide vender suas porcelanas por altos preços na cidade e outro decide se passar por samurai, mas suas farsas levam a resultados inesperados. Premiado no Festival de Veneza e com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1954.
Ciclo de cinema japonês no Encontro Brasil Japão da Unicamp
A Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, realizou o Encontro Cultural Brasil Japão, nos meses de agosto e setembro/2008.
Diversas atividades foram programadas para o período, incluindo lançamento de livros, exposições, oficinas de mangá e demonstrações de artes marciais e de danças tradicionais japonesas.
No dia 13 de agosto de 2008, foi realizado o debate com o tema “Cinema Contemporâneo Japonês – Dos estereótipos para além de seus exotismos”.
Participaram: A Cristiane A. Sato, presidente da Abrademi e autora do livro Japop, a profa. Dra. Christine Greiner, da PUC-SP, e a profa. Iara Lis Schiavinatto, de midialogia da Unicamp. O mediador foi Igor Yuji Kawasima, da cadeira de midialogia.
O ciclo de cinema, que recebeu o nome de “Hanami – ciclo do cinema japonês contemporâneo”, exibiu vários filmes japoneses da atualidade, como:
Dare mo Shiranai, 2005, Hirokazu Koreeda.
Kairo, 2001, Kiyoshi Kurosawa.
Linda Linda Linda, 2005, Nobuhiro Yamashita.
Paprika, 2006, Satoshi Kon
Sakuran, 2007, Mika Ninagawa
Tekkon Kinkreet, 2007, Michael Arias.
Tony Takitani, 2005, Jun Ichikawa.
E alguns curtas, em parceria com o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.